O enterro do motoboy Jackson Vieira da Silva, de 25 anos, atingido por bala perdida no sábado, no Rio, foi marcado por confronto entre policiais militares e amigos do rapaz que faziam um protesto pacífico, hoje. Um PM fez disparos para o alto, enquanto outro atropelou com o carro da corporação motos usadas para fechar a via em frente ao Cemitério de Inhaúma, na zona norte da cidade. Houve correria, mas ninguém ficou ferido. O caso foi encaminhado para a Corregedoria da PM.

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A confusão envolvendo policiais ocorreu no fim da manhã. Cerca de 50 motociclistas, amigos do motoboy, fecharam um trecho da Avenida Pastor Martin Luther King Jr. Eles foram surpreendidos pela reação dos policiais lotados no 3.º Batalhão da PM (Méier) e passaram a lançar pedras e pedaços de paralelepípedos. Um dos policiais apontou o fuzil para os manifestantes e os ameaçou. Os PMs contaram que reagiram depois que o carro em que estavam foi apedrejado.

Apenas cinco motociclistas foram à 44.ª Delegacia de Polícia prestar queixa contra a reação dos policiais. Quando chegaram lá encontraram os PMs, que também registravam ocorrência de agressão, por causa das pedradas. Sentindo-se acuados, os motociclistas decidiram, então, seguir até a Corregedoria da PM.

O relações públicas da Polícia Militar, tenente-coronel Rogério Seabra, informou que os dois policiais militares prestaram depoimento na tarde de hoje na corregedoria. "A gente vai apurar se houve excesso e de quem partiu esse excesso. Também há a versão dos policiais de que foram apedrejados", afirmou o oficial.

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