A partir do ano que vem, alunos dos 2.º e 3.º anos do ensino médio das escolas da rede pública estadual passarão a ter menos aulas das disciplinas tradicionais como língua portuguesa, matemática, história ou geografia. A redução será necessária para a inclusão de filosofia, sociologia e psicologia na grade curricular. Apesar de ter determinado o aumento do número de disciplinas de 9 para até 12, a Secretaria de Estado da Educação não aumentou a carga diária de aulas, que continuará sendo de cinco horas no período diurno e quatro no noturno.
Para professores, diretores de escola e sindicalistas, as novas matérias são muito bem-vindas, mas teriam de ser acompanhadas de uma hora a mais na carga diária. Para a secretaria, a adaptação será viável.
Pelas novas regras, as escolas terão de incluir pelo menos uma das três novas disciplinas. A decisão sobre quais matérias acrescentar à grade caberá as próprias escolas. Segundo o secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, a redução não trará um impacto na qualidade. ?Será uma redução muito pequena e não afetará a qualidade.
Diminuir de cinco para quatro aulas por semana, não fará uma diferença muito grande?, diz ele. De qualquer forma, o orçamento para capacitação de professores será de R$ 300 milhões em 2003 – contra os cerca de R$ 170 milhões de 2002. O investimento ajudaria a oferecer mais treinamento aos professores que poderão ter menos aulas por ano para transmitir o mesmo volume de matéria.