O presidente da Aepet, Heitor Pereira, disse hoje que a entidade mantém sua posição contrária aos leilões ?porque o petróleo é um produto estratégico para garantir a soberania nacional?. Segundo Pereira, a Aepet não concorda com o fato de o petróleo nacional ser entregue ?aos gringos?, principalmente aos anglo-saxões.
Heitor questionou como o país pode comprar petróleo a US$ 44,37 o barril no mercado internacional, de acordo com a cotação de hoje, para satisfazer os estrangeiros, enquanto o custo da produção nacional é de US$ 13,00 o barril? ?Isso é um crime de traição nacional entregar o nosso petróleo para os americanos e ingleses?, afirmou, definindo o leilão como ?um negócio criminoso contra os interesses do Brasil?.
O presidente da Aepet analisou que, embora não seja um produtor como a Arábia Saudita, o Brasil já vem exportando em torno de 70 mil barris diários de petróleo. Em conjunto com outras 70 entidades a Aepet encaminhou pedido de adiamento do leilão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que o projeto seja discutido com a sociedade.
Os engenheiros da Petrobrás participam também, na 2ª feira (16), de movimento da Federação Única dos Petroleiros (Fup) contra a sexta rodada de petróleo e gás, que consiste numa parada simbólica das atividades em todo o país.
Pereira argumentou também contra o leilão o fato de estarem incluídos na licitação os chamados blocos azuis, que foram devolvidos à ANP pela Petrobras após a realização do trabalho de sísmica. ?A Petrobrás descobriu tudo, mapeou tudo, e agora o governo vai dar para os gringos?, disse.
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