Empresas do setor de geração de energia estão reticentes quanto a novos investimentos. A prova foi recolhida no último leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com quatro novas usinas em oferta. Apenas duas foram arrematadas: Dardanelos (MT) e Mauá (PR).

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O principal empecilho é o peso do teto fixado pelo governo, nos leilões, para o preço de cada megawatt produzido. A revelação foi feita pelo jornal Valor Econômico, informando que ?o governo estabeleceu que o limite para que cada MW seja vendido nos pregões não ultrapasse R$ 125 para energia de origem hídrica e R$ 140 para a térmica?.

A contradição é que apesar do bom momento vivido pelos grupos nacionais e estrangeiros envolvidos na geração de eletricidade, o desestímulo não vem dos custos elevados e tampouco do rigor da política ambiental, mas do preço fixo determinado pelo governo e da baixa taxa de retorno.

O setor investiu a média anual de R$ 3,5 bilhões entre 2003 e 2006 e trabalha com a demanda futura de quatro mil MW adicionais por ano, mas se atemoriza diante da impossibilidade de incluir no preço fechado da energia a ser gerada custos imprevistos surgidos na fase de implantação dos projetos. Talvez o PAC traga a tranqüilidade que o setor de energia espera.

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