A Comissão Estadual do Benzeno vai realizar nos dias 7, 8 e 9, no auditório da Fundacentro, o Seminário ?Risco à Saúde ? Benzeno nos Postos de Combustíveis? para discutir os riscos à exposição ao benzeno dos trabalhadores dos postos de gasolina e traçar estratégias para a prevenção da saúde destes trabalhadores.
A Comissão é formada por representantes do Centro Estadual da Saúde do Trabalhador, Secretarias Municipais de Saúde, Ministério do Trabalho, Sindicato dos Petroleiros e das empresas Repar e Six da Petrobrás e Transpetro de Paranaguá,
Nesta quinta-feira (8) representantes das Comissões Estaduais do Benzeno de todo o Brasil se juntarão aos do Paraná para realizar o 3º Encontro Nacional da Comissões Estaduais do Benzeno para trocar experiências de seus Estados e ampliar a discussão da exposição crônica ao benzeno nas refinarias e siderúrgicas.
O benzeno, substância derivada do petróleo, encontrada também na gasolina, é cancerígena e lesiva ao organismo humano mesmo em baixas concentrações. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) estabelece limites de benzeno para a comercialização da gasolina no máximo de 1.2% para a gasolina do tipo A (sem adição de álcool e aditivos) e 1% para gasolina C (após a edição de álcool e aditivos nos postos).
No caso de gasolina Premium admite-se até 1.9% se a gasolina for do tipo A e 1.5% se do tipo C. Nos postos do Paraná têm sido encontrados níveis de 3.9% a 8% de benzeno em gasolinas adulteradas. Os níveis acima do normal de benzeno é um grave risco para o trabalhador dos postos e até para a população que vai abastecer seus carros.
As atividades de risco com grandes concentrações de benzeno que utilizam e produzem a substância e suas misturas com mais de 1% de concentração por volume são as indústrias siderúrgicas, químicas e petroquímicas. Outro grupo que está exposto mesmo em concentrações menores de 1% são os trabalhadores de postos de gasolina, oficinas mecânicas, indústria de produção e utilização de colas, solventes, tintas e removedores, indústria de borracha, indústria gráfica.
A intoxicação ocupacional pelo benzeno, chamada de benzenismo, é um conjunto de sintomas decorrentes da exposição ao benzeno em trabalhadores que exerceram ou exercem suas atividades em empresas que produzam, transformem, distribuam, transportem, manuseiem ou consumam o produto.
Os sintomas mais freqüentes são cansaço, dores musculares, sonolência, tontura, e sinais infecciosos de repetição.