Mais de 411 jovens, adultos, idosos e educadores estarão reunidos até sábado, no IV Encontro Paranaense de Educação de Jovens e Adultos (Epeja), em Faxinal do Céu, para propor reformulações e mudanças nesta modalidade de ensino. A iniciativa é do governo do Estado em parceria com o Fórum Paranaense de EJA .

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O encontro atende educandos em uma faixa etária acima da média dos que freqüentam o ensino formal que, por diversos fatores, principalmente sociais e econômicos não tiveram oportunidade de se alfabetizar e de continuar os estudos na idade escolar.

Nos grupos de trabalho os participantes trocam idéias e expõem demandas em questões como: o sujeito da EJA e suas diversidades, currículo na EJA, políticas de alfabetização e continuidade da escolarização, metodologias de alfabetização, EJA e pessoas com necessidades educativas especiais e EJA e economia solidária.

O Fórum Paranaense de EJA está propondo uma série de mudanças e reformulações, no sentido de adequar a modalidade educacional ao perfil do educando. Segundo a chefe do Departamento de EJA da Secretaria da Educação, Maria Aparecida Zanetti, o Fórum é um espaço fundamental para o diálogo com outros segmentos que fazem educação de jovens e adultos no Paraná, por estar representado pelos poderes públicos estadual e municipal, movimentos sociais e sindicais, ONGs, Universidades e segmento empresarial.

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Para o Coordenador do programa Paraná Alfabetizado, Wagner Roberto do Amaral, o Estado está cada vez mais preocupado em articular todos os municípios. ?O ?Programa Paraná Alfabetizado? foi premiado recentemente pelo Ministério da Educação, com o troféu Paulo Freire de Educação de Jovens e Adultos, por apresentar propostas e resultados que estão sendo utilizados como referência nacional.

O Paraná conta, hoje, com 276 mil alunos de EJA, sendo 47 mil do Programa Paraná Alfabetizado (séries iniciais de alfabetização), 59 mil no sistema presencial e 170 mil no sistema semipresencial. A Nova Proposta de EJA prevê uma unificação dos sistemas presencial e semipresencial, tornando possível um maior aproveitamento por parte do educando, de acordo com seu tempo disponível.

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A aluna de alfabetização Mary Ruth Prestes Munhoz, que estuda no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceebja), de Ponta Grossa, disse que resolveu estudar após os 60 anos, depois de ter encaminhado as três filhas que já estão casadas. ?Agora que já estou com sete netos, retomei a minha vida pessoal e fico emocionada ao ver esses palestrantes falarem de seus currículos acadêmicos quando se apresentam para iniciar os grupos de trabalho?, declara e explica que também desenvolve muitas atividades sociais.

Edmilson F. Leite, representante da CUT-PR, salienta que a importância da participação da sociedade civil no Fórum. ?Nosso objetivo é contribuir junto com todos os segmentos na definição das práticas e políticas de educação. A diversidade dos participantes garante que as propostas correspondam à realidade dos educandos.?