Os 25 anos de realização do primeiro transplante de medula óssea no país, feito pelo Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná, estão sendo comemorados em Curitiba, no VIII Congresso Brasileiro de Transplante de Medula Óssea. O encontro, que começou hoje, reúne, até o próximo dia 14, além de especialistas brasileiros, 29 convidados estrangeiros que discutem os principais avanços da medicina na área do transplante. Alguns trabalhos inéditos, com repercussão na área científica, serão mostrados no evento.
O congresso coincide com a realização da Campanha Nacional de Doadores de Medula Óssea pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). No Brasil, segundo estimativas, surgem, a cada ano, sete mil novos casos de leucemia. Atualmente, 400 brasileiros têm como única chance de vida o transplante de medula óssea.
A probabilidade de se encontrar um doador compatível é de um em 100 mil, porque, ao contrário dos órgãos sólidos, como coração e rim, a doação de medula não depende apenas do tipo sanguíneo do doador, mas da compatibilidade genética. Por isso, de acordo com os especialistas, doar medula é doar em vida. Basta gozar de boa saúde, ter entre 18 e 55 anos e ser solidário. O congresso está sendo presidido pelo hematologista Ricardo Pasquini, pioneiro na realização dos transplantes de medula óssea na América Latina. Ele afirma que o objetivo final da equipe transplantadora é a cura do paciente.
No caso do HC, a busca pela sobrevida cada vez melhor do transplantado de medula óssea começou em outubro de 1979. Desde então, o serviço foi pioneiro também na realização de transplantes usando células-tronco hematopoéticas obtidas de cordão umbilical e de medula óssea obtida de doador não-aparentado.
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