A direção do Hospital Governador Celso Ramos, de Florianópolis, confirmou hoje a identificação de bactérias Acinetobacter baumanii em duas das 46 amostras coletadas na área da Unidade de Terapia Intensiva. Na terça-feira havia sido confirmado a contaminação de mais um paciente na emergência. Dois pacientes morreram e há outros sete internados – quatro em estado grave. Foram 30 casos de infecção hospitalar desde outubro do ano passado. Outras 32 amostras coletadas no setor de emergência estão sendo analisadas.

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A Acinetobacter baumanii é conhecida na literatura internacional como uma superbactéria, por ser resistente aos antibióticos. Não é considerada muito agressiva, mas opoertunista. De acordo com o infectologista do hospital, Valter Araújo, pacientes entubados ou com ventilação mecânica são os mais susceptíveis à bactéria. Há duas situações nesses casos: a infecção, que pode levar à morte, e a colonização – quando a bactéria apenas está presente, por exemplo, em secreções do paciente.

O único tratamento eficaz é com Polimixina-B, mas o remédio é caro e provoca efeitos colaterais severos, prejudicando o fígado e o sistema nervoso. O médico James Rahal, do New York Hospital, está auxiliando nas orientações para eliminar o foco da infecção.

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