Quase uma centena de pessoas morreram, dezenas desapareceram e milhares ficaram desabrigadas em conseqüência de inundações no centro da Europa, provocadas por dez dias de chuvas torrenciais. A maioria das vítimas é constituída de russos. Pelo menos 60 deles perderam a vida em balneários do Mar Negro. Catorze pessoas morreram na Romênia, 10 na República Checa, 8 na Alemanha e 7 na Áustria.

Na capital da República Checa, uma das cidades mais castigadas pelas enchentes, a população respirava hoje mais aliviada.

O sol apareceu e o nível das águas do Rio Vltava estabilizou-se a 10 ou 15 centímetros do topo do muro de contenção no centro histórico de Praga que reúne vários palácios  casario e igrejas – todas edificações medievais. Até o meio dia  o nível das águas subia a velocidade de 10 centímetros por horas. No início da tarde, o quadro começou a se reverter. ?Esperamos que as águas retornem logo ao leito do rio?, desabafou o prefeito Igor Nemec que manteve o estado de emergência. Ele estima que pelo menos 8% da área total da cidade ficou quase submersa, incluindo a famosa Ponte Carlos – um dos símbolos de Praga mais freqüentados pelos turistas. O zoológico, com 400 animais, enfrentou situação dramática.

Cerca de 50 mil moradores do centro histórico, incluindo o bairro judaico, tiveram de deixar suas casas, sendo deslocados para áreas mais elevadas. Em todo o país, o total de desabrigados chega a 200 mil. O presidente Vlacav Havel pediu ajuda financeira externa.

Igualmente atingida, a Áustria começa a se recuperar, com unidades do Exército, Corpo de Bombeiros e voluntários empenhados numa ampla ?operação de limpeza?. Os prejuízos ainda não foram calculados, mas as autoridades classificam as inudações de ?catástrofe nacional?. Áreas das históricas de Viena e Salzburgo sofreram danos.

A situação não é menos grave na Alemanha. O chanceler Gerhard Schroeder liberou cerca de U$ 400 milhões para atender cerca de 10 mil desabrigados na Baviera e Saxônia.

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