Stephane de Sakutin/AFP
A cerimônia de encerramento da Copa do Mundo, às 13h30 em Brasília, portanto antes da final entre Holanda e Espanha, será uma homenagem no Soccer City à África do Sul e à mulher africana, com a participação da cantora colombiana Shakira.
“A cerimônia de abertura foi mais tradicional. A de encerramento é de noite e terá muitos efeitos. Será uma celebração da Copa, do futebol e dos torcedores, mas também uma homenagem a este país”, afirmaram os organizadores, em uma entrevista coletiva neste sábado.
“Foi uma experiência maravilhosa e é um país que vale a pena visitar”, explicaram. “Será (uma festa) com muita energia, muito moderna e jovem”, em contraposição ao caráter mais clássico e formal da abertura.
Grande parte da festa, de meia hora de duração, será de apresentações musicais de artistas como Ladysmith Black Mambazo e Joseph Shabalala. Atração principal, claro, é Shakira, que se apresentará ao lado de Freshlyground e cantará “Waka Waka”.
“Preparamos uma versão diferente (…) Decidi levar para o palco meninas sul-africanas muito pequenas. Quero que seja uma celebração da mulher da África”, afirmou a cantora de Barranquilla.
“A África foi uma professora e eu, uma aluna. Quis, por causa disso, destacar a força da mulher”, conta. “Todos os latinos podem se considerar filhos da África”.
Shakira fez questão de falar sobre o “milagre” que Nelson Mandela conseguiu no país, ao fazê-lo passar do regime racista do Apartheid a um país “tolerante”.
“É um país integrado. Viu-se isso no torneio, com os jogadores, com os fãs, com os torcedores, que se mostraram muito tolerantes. E isso tem a ver com o lugar em que estamos, com o que Mandela significou e significa”.
A música “Waka Waka”, com 85 milhões de exibições no YouTube, tornou-se um fenômeno mundial e será a grande pedida do show, embora na versão em inglês, como a Fifa pediu, e não em espanhol.
“Eu gostaria de cantar duas vezes, em espanhol e depois em inglês para os outros países, mas a Fifa me pediu que cantasse em inglês e como estou de convidada não posso me queixar”.
Essa música, explica a colombiana, foi composta na casa dela no Uruguai de uma hora para outra. “Fiz uma primeira gravação com voz e violão e aí me dei conta de que ia ser forte. Sou muito grata à Fifa e ao povo da África do Sul por ter me recebido e dado este presente”.
Shakira vestirá Roberto Cavalli e de fato será a grande atração, mas sem deixar na sombra nomes da música africana como Shabalala, ganhador de três Grammys.
“Ficamos de joelho para agradecer. Nosso país foi abençoado durante estas semanas”, disse, em entrevista coletiva, em que garantiu querer fazer o melhor durante a apresentação.
A Fifa pede a todos que já estejam nos lugares às 13h15, 15 minutos antes do início.