As empresas distribuidoras de energia elétrica estão dispostas a colaborar com o governo em programas que beneficiem a população mais pobre do país, afirmou, nesta quarta-feira, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães, durante a abertura da 47ª reunião da associação, em Brasília.

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Guimarães comentava a possibilidade de atuação conjunta do governo federal com as empresas de distribuição. "Acho que dá para trabalhar junto com o governo e colaborar nesse ambiente de parceria que a gente considera fundamental e muito importante do ponto de vista das empresas, da associação e da população de baixa renda", afirmou.

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias foi o convidado de honra do encontro e falou sobre a importância das parcerias com órgãos públicos e privados para a democratização da distribuição de energia elétrica.

Para Guimarães, de certa forma o setor já atua com o governo. "Não especificamente no caso da área social, cuja visita do ministro Patrus Ananias hoje aqui tem essa finalidade, mas nessa área vamos tentar uma aproximação maior", disse ele.

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Segundo Luiz Carlos Guimarães, a Abradee já manteve um relacionamento estreito com os integrantes do Fome Zero e, hoje, o que a Abradee está querendo é incrementar essa integração. "Há, inclusive, um problema grande nessa área de atendimento social, principalmente, na questão do Bolsa Família, que acaba repercutindo no nosso funcionamento, já que fazemos o relacionamento direto com o consumidor. Então, a idéia nossa é que essas coisas funcionem bem", declarou.

O presidente da Abradee lembrou que as empresas do setor já atuam "de um modo exemplar" em programas de responsabilidade social. Segundo ele, o setor de distribuição está com um trabalho intenso nessa área e, além disso, a associação tem algumas sugestões e "até algum trabalho a fazer juntamentre com Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome". A Abradee congrega 51 concessionárias em todos os estados.

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De acordo com Guimarães, o maior gargalo do setor, "e que se poderia ser resolvido com uma ação conjunta entre governo e empresários do setor elétrico", está na questão tributária. "Eu acho que o tributo hoje tem um papel importante, principalmente, quando incidente sobre essa população de mais baixa renda", argumentou, listando em segundo lugar a questão do atendimento ao consumidor. "Temos que ter mais informações sobre a identificação desse consumidor de baixa renda."