É cada vez maior o número de empresas de alimentos a garantirem ao consumidor brasileiro produtos livres de transgênicos. O consumidor preocupado com a saúde e o meio ambiente pode optar por 36 marcas de alimentos para evitar os produtos geneticamente modificados, cujo cultivo está provocando a contaminação das lavouras convencionais e orgânicas e já ameaça o sustento dos agricultores em vários países.
Líder no segmento de molhos no Brasil, a Sakura Nakaya Alimentos adotou a produção integrada, para garantir a rastreabilidade da matéria-prima utilizada em seus produtos, como o shoyu ? tradicional molho de soja da culinária oriental. Desde a liberação do plantio de soja transgênica no Brasil, a empresa passou a pesquisar bancos de germoplasma da Embrapa ? Empresa Brasileira de Pesquisa, da Fundação Mato Grosso e de vários grupos privados até selecionar as variedades mais adequadas.
?O passo seguinte foi escolher produtores em regiões próximas às fábricas e que não plantassem transgênicos?, revelou Paulo Takahashi, diretor industrial da empresa, que deixou de comprar a soja de tradings, justamente para ter um maior controle da matéria-prima de seus produtos. ?O processo de produção integrada permitiu ter um controle mais efetivo dos grãos e melhorou a fermentação dos molhos, com o uso da variedade mais adequada de soja?, reforçou Roberto Ohara, diretor de projetos da Sakura.
Segundo eles, a opção por soja convencional, além de melhorar a qualidade dos produtos, atendeu às exigências de clientes internacionais e de empresas para as quais produz com marca própria no Brasil, como Carrefour, Wal-Mart e Masterfoods. Agora, a empresa se prepara para a adoção do mesmo sistema de produção para o milho. A demanda de milho da empresa é de 1,4 mil toneladas por ano.
