Cresce o número de empresas brasileiras processadoras e exportadoras de soja que rejeitam soja transgênica. Destaca-se a Sadia, que como abatedora de aves rejeita rações que contenham produtos transgênicos. Outras empresas já tornaram público ao mercado que só trabalham com soja convencional, entre as quais Caramuru, Selecta, Brejeiro, Coimbra, Corol, em São Paulo; Imcopa, Batavo e Jasmine, no Paraná; Cotrimaio, no Rio Grande do Sul e Cereal e Comigo, em Goiás.
A processadora Bunge, de Esteio, está importando soja convencional do Paraná produzida em Castrolanda para poder atender a demanda do mercado externo. A Coopercentral Aurora, o maior frigorífico abatedor de suínos em Santa Catarina, também rejeita a utilização de milho transgênico para poder manter seu mercado na Europa.
O governador Blairo Maggi, maior produtor e exportador de soja do Mato Grosso, declarou que não produz, não compra e não exporta soja transgênica. A rejeição de consumidores a produtos transgênicos começa a ter influência no mercado mundial. Enquanto o Porto de Paranaguá registra crescimento de cerca de 40% nos embarques de soja convencional neste ano, os Estados Unidos têm redução de 5,97% nas exportações de soja porque só dispõem de produto transgênico.
A situação está preocupando o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) que emitiu nesta segunda-feira (09) uma análise de tendência do mercado global enfocando as conseqüências para os exportadores norte-americanos do comportamento de consumidores da Europa, do Japão e também da China que exigem a rotulagem e rastreabilidade dos produtos transgênicos.
