Empresas aéreas mudam padrão de segurança ao voar no Brasil

Preocupadas com a segurança aérea no Brasil, as maiores empresas aéreas do mundo passam a adotar, desde meados de março, um padrão de segurança ao voar pelo território brasileiro que até agora só era aplicado quando sobrevoavam países africanos. Tanto as companhias americanas como européias já seguem as novas recomendações. A iniciativa deve ser prolongada a partir de agora, diante da crise entre controladores e governo. As medidas incluem a recomendação para que os pilotos não voem exatamente na rota determinada, mas alguns metros à esquerda. A tática serve para evitar choques no ar, caso outro avião venha na mesma rota sem o controle aéreo se dar conta.

?Essa recomendação é dada quando há o sentimento de que não há segurança necessária?, explicou Marc Baumgartner, presidente da Federação Internacional de Controladores Aéreos. ?O modelo era usado apenas na África, mas agora também no Brasil desde o início do mês por todas as empresas internacionais?, afirmou. No ano passado, algumas empresas européias já haviam começado a seguir o padrão, conhecido internacionalmente como Strategic Lateral Offset Procedure (Slop). Agora, a recomendação é internacional e passou pela avaliação da Federação Internacional de Pilotos.

Para os especialistas do setor, tal recomendação representa o reconhecimento de que voar hoje no Brasil não tem as mesmas seguranças que em outras partes do mundo. A situação será incluída como um dos principais temas da reunião anual da Federação Internacional de Controladores, que ocorre na Turquia em duas semanas. A entidade irá estudar o caso do País e, se achar necessário, fará recomendações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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