As principais confederações empresariais pediram hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumento do superávit primário ? a diferença entre receita e despesas do país sem considerar o pagamento dos juros de dívidas ? ainda este ano. A sugestão integra a Agenda Mínima, série de propostas dos empresários para garantir o andamento da diante do atual cenário político, e que foi entregue ao presidente Lula.
A meta do superávit primário para este ano é de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB), todas as riquezas produzidas no país. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, disse que os empresários não apresentaram um índice, mas esperam que o governo estude a sugestão.
Outro pedido dos empresários é a adoção de metas fiscais rígidas que proporcionem a redução dos gastos com custeio. Monteiro explicou que o crescimento do custeio vem limitando o crescimento econômico do país.
"Por conta desse crescimento, é que nós assistimos nos últimos anos o aumento de impostos e corte investimentos do governo. Se nós continuarmos com esse padrão de ajuste fiscal, não tem salvação", afirmou ele, após encontro com Lula. Monteiro Neto acrescentou que o uso da "âncora fiscal" é a forma de "afrouxar o rigor da política monetária" em médio prazo.
A proposta inclui ainda limites para as transferências do governo federal aos Estados e Municípios, com "crescimento real nulo a partir de 2006". Ele informou que a taxa de juros não foi tema da reunião.
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