A 15.ª Pesquisa Célere realizada pelo Departamento Econômico do Sistema Fiep, divulgada hoje, revela que o setor industrial não espera grandes mudanças quanto ao comportamento do câmbio e da taxa de juros básicos da economia.
Segundo a pesquisa, para 52,44% dos empresários pesquisados os juros deverão se manter na faixa de 21 a 25% ao ano (atualmente a Selic é de 22% ao ano). Apenas 17% dos entrevistados temem que esses juros sejam maiores que 25%. Sobre os efeitos da alta taxa de juros sobre a atividade industrial, 70% consideram negativos ou muito negativos.
Já com relação ao dólar, a grande maioria acredita que a cotação da moeda americana fique acima de R$ 3,50. São 24,69% apostando numa variação entre R$ 3,51 e R$ 3,75, outros 23,46% acreditando em cotações entre R$ 3,76 e R$ 4,00 e ainda 8% que temem uma cotação superior a R$ 4,00. Quase a metade dos entrevistados (40,74%) acredita que a cotação, atualmente em torno de R$ 3,80, caia para algo entre R$ 3,25 e R$ 3,50 no próximo ano. Sobre os efeitos dessas cotações na economia, no entanto, as opiniões são divergentes: 35,2% acham que serão positivas, 32,93% consideram negativas e 10,98% muito negativas.
A Pesquisa Célere quis saber do empresário também a expectativa com relação à inflação para 2003. A maioria (43,90%) acredita que fica quase como está, com uma variação entre 11 e 15%, mas um bom percentual (29,27%) aposta em inflação superior a 15%. Na outra ponta, 24,39% apostam em resultados entre 6 e 10%. Sobre o efeito disso na atividade econômica, é evidente que a maioria (60,98%) considera negativo ou (8,54%) muito negativo. Para 18%, tanto faz, e para 13% o efeito, ao contrário, será positivo ou muito positivo.
O governo Lula tem a simpatia do empresariado. Quase 50% espera um bom ou ótimo governo de Lula, enquanto 41,46% apostam num desempenho regular e apenas 13,32% não esperam muito da administração petista. O Sistema Fiep pergunto também sobre a expectativa em relação ao governo estadual e os resultados são parecidos: 45% apostam em bom e ótimo, 41,46% espera um governo apenas regular e mais de 13% temem um mau governo.
