Em sua estratégia de aproximação com o setor privado em plena campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva jantou nesta segunda-feira (4) com 22 empresários dos setores financeiro, de alimentos e bebidas, têxteis e confecções, de calçados, de brinquedos e de comércio varejista. O anfitrião foi o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, que abriu sua casa pela segunda vez nas últimas semanas para que o presidente conversasse com um grupo restrito de representantes do alto empresariado nacional.
Participaram do jantar os seguintes empresários: Roberto Setúbal (Itaú), Gabriel Jaramillo (Santander), Abílio Diniz (Pão de Açúcar), Marcelo Telles (Ambev), Victorio Carlos de Marchi (Ambev), Brian Smith(Coca-Cola), Sérgio Barroso (Cargil), Marco Antonio Bologna (TAM), Constantino Oliveira Junior (Gol), Ivo Rosset (Valisère), Josué Gomes da Silva (Coteminas), Vicente Donini (Marissol), Décio Goldfarb (Lojas Marisa), Michel Klein (Casas Bahia), Amarílio Proença de Macedo (J. Macedo Alimentos), Milton Cardoso dos Santos Filho (Vulcabrás), Salo Davi Seibel (Satipel), Agnaldo Diniz Filho (Cedro Cachoeira), Paulo Skaf (Federação da Indústrias do Estado de São Paulo), João Carlos Oliveira (Associação Brasileira de Supermercados), Élcio Giacometti (Associação Brasileira da Indústria de Calçados) e Synésio Batista (Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos).
Lula chegou com 40 minutos de atraso e não deu declarações. Apenas brincou com os jornalistas. "Vocês querem jantar?", perguntou, sabendo que os repórteres não estavam autorizados a entrar. Pouco antes, Furlan tinha comentado que o encontro serviria para discutir a possibilidade de adoção, ainda neste ano, de medidas em benefício da economia. De acordo com o ministro, seria um "bate-papo" em que todos teriam liberdade de apresentar sugestões e críticas. No encontro anterior, há duas semanas, os empresários reclamaram da alta carga tributária.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou ao jantar dizendo que pediria "mais investimentos e mais ousadia dos empresários. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia cresceu apenas 0,5% no segundo trimestre deste ano, um resultado considerado fraco. Participaram do jantar também os ministros Planejamento, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Dilma Rousseff.