Empresários festejam aprovação das PPPs

Os representantes do setor de infra-estrutura festejaram a conclusão do processo de votação das Parcerias Público-Privadas (PPPs) hoje, no Congresso. "É muito importante iniciarmos 2005 com a lei já aprovada. Assim, todos os esforços poderão ser concentrados na regulamentação", afirrmou o presidente da Associação Brasileira de Infra Estrutura e Industria de Base (Abdib), Paulo Godoy. Segundo ele, a entidade sempre acreditou que fosse possível votar o projeto ainda neste ano, especialmente depois que todos os pontos polêmicos foram solucionados.

Apesar disso, o setor acredita que os primeiros projetos somente deverão sair do papel no último trimestre de 2005 ou iníciopio de 2006 porque a lei ainda precisa ser regulamentada. Um exemplo, afirma o presidente do Sindicato da Construção Pesada (Sinicon), Luiz Fernando Reis, é a criação do fundo que vai garantir o retorno dos investimentos feitos pela iniciativa privada.

"Esse é um dos pontos mais importantes da PPP e que determinará o apetite dos investidores. Reis afirma que diante do histórico do governo brasileiro para honrar seus compromissos com a inciativa privada é preciso um instrumento de garantias muito bem formatado. Ele explica, por exemplo, que o governo terminou de pagar dívidas de 2002 e 2003 com o setor de construção pesada há cerca de dois meses. Com débito na casa dos R$ 600 milhões, muitas obras de infra estrututra, especialmente em estradas, foram paralisadas. "Mas hoje, depois deste acerto de contas, temos de comemorar, pois nunca tivemos uma situação como a atual, em que emitimos a fatura e em seguida recebemos do governo." Reis afirma que a PPP não é solução para todos os problemas da infra estrutura brasileira, mas contribuirá bastante para diminuir os principais gargalos do País.

Godoy lembra ainda que várias empresas já iniciaram os estudos de viabilidade econômica dos projetos que mais lhe interessam. Entre elas está a Construtora Andrade Gutierrez, Companhia Vale do Rio Doce e a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Capital Aberto (Abrapp). Neste último caso a entidade contratou uma consultoria para avaliar todos os projetos do Plano Plurianual do governo.

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