Apesar do bom desempenho da produção industrial nos últimos meses, os empresários ainda não compartilham da opinião do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, de que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer, no mínimo, 5% este ano.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) acredita que, dadas as atuais condições, de juros declinantes, o PIB será superior ao do ano passado (2,3%), por volta de 4% a 4,5%. Já a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revisou para cima sua projeção inicial de incremento do PIB, de 3% para 4%. E o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), menos otimista, melhorou sua estimativa, mas ainda manteve a variação abaixo dos 4%. Segundo o Departamento de Economia da entidade, o PIB deve crescer 3,5% este ano. A projeção anterior era de 3%.
A melhora no ânimo da indústria está diretamente ligada ao comportamento mais positivo do mercado interno, que volta a ser o motor da produção, substituindo o papel que as exportações haviam desempenhado em 2004 e 2005. As maiores contribuições são do aumento da renda, do emprego e do crédito.
Para os próximos meses, segundo o diretor-executivo do Iedi, Julio Gomes de Almeida, a tendência é de consolidação dos números positivos da indústria, com o impacto dos cortes da taxa básica de juro atingindo o consumo e o aumento do salário mínimo Se esse cenário se confirmar, os investimentos devem também seguir uma tendência positiva.