Muitos empresários curitibanos têm recebido ligações telefônicas de presidiários
do Rio de Janeiro, com ameaças contra os familiares e exigindo pagamentos. De
acordo com o delegado do Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão),
Riad Braga Farhat, as tentativas de extorsão começaram há mais de um ano e não
se restringem a Curitiba. "Eles ligam para todo o País", acentuou. Na capital
paranaense, ele disse ter "perdido a conta" do número de ligações que já foram
feitas.

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Segundo ele, não é possível determinar quanto já foi pago aos
bandidos. "As vítimas vêm procurar a gente depois que pagaram e acabam omitindo
os valores." No entanto, ele disse que os valores não são altos, girando em
torno de R$ 2 mil ou R$ 3 mil.

Muitas vezes, no entanto, os golpistas
contentam-se com cartões telefônicos. De dentro de presídios, sob ameaça contra
familiares ou contra o próprio empresário, eles pedem que comprem cartões
telefônicos e lhes passem a numeração.

Quando a exigência é o depósito de
dinheiro, o delegado afirmou que são usadas contas de laranjas. "São pessoas
semi-analfabetas que nem sabem dizer o nome de quem os procurou" acentuou. O
grupo todo trabalharia no Rio de Janeiro, envolvendo pessoas fora da prisão que
fazem o levantamento de algumas peculiaridades sobre a vida do empresário e a
partir daí o ameaçam. De acordo com Farhat, se a pessoa que estiver sendo
extorquida tiver um pouco de sangue frio e esticar a conversa consegue
desmascarar a pessoa que está telefonando. "Mas é natural que a pessoa fique com
medo e haja bloqueio", disse.

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