O senador goiano Demóstenes Torres (PFL), relator do processo em andamento no Conselho de Ética do Senado contra o senador Magno Malta (PL-ES) por suposto envolvimento na chamada máfia das ambulâncias, tomou hoje o depoimento do empresário Valcir Piran. Ele é dono da factoring que teria vendido a Darcy Vedoin, dono da Planam, o veículo que passou a ser utilizado por Malta.

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Vedoin e sua empresa são considerados os organizadores da máfia das ambulâncias superfaturadas. A van teria sido doada a Magno Malta, que a utilizava para transportar sua banda gospel. Piran disse aos integrantes do Conselho de Ética que vendeu o carro à Planam, e não ao deputado Lino Rossi (PP-MT), como ele chegou a declarar ao Conselho.

Para Demóstenes Torres, a afirmação de Piran confirma o que Darcy Vedoin já disse em depoimento à Polícia Federal. Segundo o relator, a dificuldade no esclarecimento do caso exigirá mais tempo de investigação.

Torres disse que pesa a favor de Lino Rossi o fato de ele não ter apresentado nenhuma emenda ao Orçamento para compra de ambulâncias. O relator adiou para o final deste mês o depoimento de Magno Malta. Ele espera ter recebido de Piran, até o final de outubro, um cheque de R$ 50 mil com o qual a Planam teria pago à factoring pelo carro.

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