Os produtores de soja convencional no Paraná poderão receber até 10% de adicional ao preço da commodity no mercado. Porém, essa valorização depende da efetivação da rotulagem para os produtos transgênicos, que deverá identificar produtos para alimentação humana e animal cuja composição tenha mais de 1% de organismos geneticamente modificados (OGMs).
Só a rotulagem poderá garantir que um produto é livre de transgênicos. Isso é possível com o rastreamento e a certificação do processo de produção, afirmou a empresária Daniele Sabatke, da corretora Granex, de Ponta Grossa, que se reuniu nesta terça-feira (15) com o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini.
A empresária acredita que existam promissores nichos de mercado no Brasil e no exterior para as sojas orgânica e convencional. ?Mas, para isso, os processos de produção devem ser rastreados e certificados. Isso será viável apenas com a rotulagem?, diz.
Bianchini disse que a iniciativa da Granex vai ao encontro de programa que está sendo elaborado pelo Governo do Paraná para incentivar a produção da soja convencional. O secretário explicou que o Estado deverá criar instrumentos para valorizar a soja convencional e reduzir a competitividade da soja transgênica.
Segundo Bianchini, a produção de soja convencional no Paraná deverá ser rastreada, certificada e classificada pelo Instituto Tecnológico do Estado do Paraná (Tecpar) e pela Empresa de Classificação do Estado do Paraná (Claspar).