Com base na análise de diversos indicadores governamentais e privados, o Dieese e a Federação dos Trabalhadores na Indústria do Paraná (Fetiep), informaram nesta quinta-feira que a indústria de transformação paranaense registrou, nos primeiros oito meses de 2004, crescimento de 11,6% no nível de emprego.
A elevação, segundo o levantamento, representou a abertura de 49.967 novos postos de trabalho. Outro indicador importante para avaliar o desempenho da economia do Paraná, o da produção industrial, registrou, ainda conforme as duas entidades, crescimento de 7,75% na comparação com o mesmo período de 2003.
Especificamente em agosto, revela o estudo, o emprego industrial apresentou alta de 1,36% sobre o mês de julho, com a geração de 6.452 vagas. Os setores que mais se destacaram foram os seguintes: Alimentos, Bebidas e Álcool (1,3% ou 1.740 vagas), Têxtil e de Vestuário (2,2% ou 1.427 vagas), Madeira e Mobiliário (1,06% ou 876 vagas) e Química (1,19% ou 438 vagas).
Interior
O resultado, avalia o Dieese, é diretamente relacionado ao comportamento do emprego industrial no interior do Estado, que apresentou no período a geração de 38.822 empregos, aumento de 13,37%. Ou seja, o interior ficou com 77,7% dos novos empregos industriais. O restante ficou com a Região Metropolitana de Curitiba, que apresentou crescimento de 7,95%.
Os subsetores que mais geraram empregos de janeiro a agosto de 2004 foram Alimentação, Bebidas e Álcool (20.527 vagas), Madeira e Mobiliário (6.806 vagas), Vestuário e Têxtil (6.386 vagas), Material de Transporte (3.929 vagas), Química (3.016 vagas) e Metalúrgica (2.912 vagas).
Exportações
Ainda segundo o levantamento, as exportações da indústria também apresentaram aumento. Em agosto em relação a julho, a elevação foi de 20,23%. Na comparação com o mesmo mês de 2003, o crescimento ficou em 35,28%. Já no acumulado do ano, o aumento foi de 34,17% e, no acumulado dos últimos 12 meses, de 25,04%.
A folha de pagamento média real por trabalhadores da indústria paranaense apresentou uma queda de 1,9% no mês de agosto em relação a julho. Mas, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, constata-se um aumento de 3,59%. Já nos primeiros oito meses de 2004, a alta foi de 5,95% e, nos últimos 12 meses, de 1,52%.