Emprego na indústria volta a crescer depois de três meses de queda

Após registrar queda por três meses consecutivos e acumular 0,6% de recuo, o emprego na indústria voltou a crescer e fechou o mês de janeiro com expansão de 0,3%. Já em relação ao mesmo período de 2006, o emprego industrial cresceu 0,9% e registrou a maior taxa neste tipo de comparação desde julho de 2005.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o economista da coordenação da indústria, André Luiz Macedo, o resultado de janeiro aponta uma estabilidade do emprego no setor.

É uma avaliação positiva importante porque reverte três meses de recuo, porém a leitura ainda é de estabilidade no emprego industrial, afirmou.

Na comparação entre os meses de janeiro dos dois anos, a pesquisa do IBGE aponta que houve um predomínio de resultados positivos tanto de locais como de setores. Nove dos 14 locais pesquisados e 10 dos 18 segmentos investigados apresentaram expansão.

O número de contratações foi maior nas indústrias de alimentos e bebidas (6,9%), produtos de metal (3,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (14,1%). Já os setores que mais demitiram foram os de calçados e artigos de couro (-9,4%), vestuário (-5 9%) e borracha e plástico (-2,3%).

O emprego industrial apresentou taxas de crescimento mais relevantes em São Paulo (1,7%), na região Norte e Centro-Oeste (4,3%) e Nordeste (2,6%).

A folha de pagamento da indústria também abriu o ano em expansão A renda do trabalhador do setor cresceu 9% em janeiro na passagem de um mês para o outro. De acordo com Macedo, no entanto, esse resultado deve ser relativizado, uma vez que recupera perdas observadas nos dois meses anteriores e é inchado por pagamentos extras típicos do mês.

Essa expansão de 9% vem depois de quedas que acumularam 7,4%. Além disso, no mês de janeiro há um maior pagamento de lucros e benefícios, como décimo terceiro salário e férias, explicou o economista.

Também houve expansão do poder de compra do trabalhador da indústria em relação ao mês de janeiro do ano passado. Nesta base de comparação, a folha cresceu 3,9% e acumula em 12 meses alta de 1,7%.

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