O desempenho do emprego formal na construção civil brasileira registrou alta de 5,9% em 2005 na comparação com a média de empregados apurada no ano anterior, com a abertura de 75.940 vagas, de acordo com levantamento divulgado hoje pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e da GVconsult, com base em dados do Ministério do Trabalho.
O crescimento, conforme a pesquisa, foi influenciado pelas contratações no segmento de serviços de construção (aluguel de equipamentos, incorporação de imóveis e engenharia e arquitetura), com alta de 34,02% no nível de emprego na comparação com a média de 2004.
Apesar do bom desempenho na média ponderada do setor, o nível de emprego com carteira assinada no segmento de obras, que representa 79,2% do total de vagas formais da construção civil brasileira, cresceu apenas 1,02% no ano na comparação com a média de empregados em 2004.
Conforme o SindusCon-SP, o resultado no ano no segmento de obras foi "tímido", tendo em vista seu peso na composição das vagas da construção civil. Na comparação entre o número de vagas existentes em dezembro de 2004 e no mesmo mês do ano passado no segmento de obras, o crescimento foi de 2,86%, acrescenta o SindusCon-SP.
Em nota, o presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti, destaca que "o fraco desempenho do emprego nos canteiros de obras confirma os resultados das últimas sondagens nacionais da construção civil feitas junto aos empresários do setor", nas quais o empresariado demonstrou desânimo em relação ao desempenho do setor e de suas construtoras. "Também há uma predisposição a serem cautelosos em relação a 2006, atitude justificável, já que o desempenho do setor no ano passado ficou abaixo das expectativas", afirma Robusti.
Segundo a pesquisa, na comparação com novembro, o número de vagas formais na construção civil brasileira no último mês do ano recuou 2,21%, "acentuando a queda do mês anterior (0,17%)". No encerramento do ano, foram registradas 31.590 demissões no setor, mês em que tradicionalmente o saldo de demissões supera o de contratações. "Ao final do ano, o setor contabilizou 1,396 milhão de trabalhadores formalizados (com registro em carteira)" acrescenta o sindicato.
Na comparação entre o número de vagas existentes em janeiro e aquele apurado em dezembro, conforme a pesquisa, a alta foi de 8,51%, com a abertura de 109,43 mil vagas. Segundo o sindicato, a comparação dos números entre o primeiro e o último mês do ano pode distorcer os resultados em razão da sazonalidade Dessa forma, o sindicato opta por trabalhar com a comparação entre as médias de emprego ponderadas.