Emprego industrial ainda não responde à produção

A queda de 0,1% no emprego industrial em agosto ante julho é considerada uma "estabilidade" pelo IBGE, segundo a economista do instituto, Denise Cordovil. Além de a taxa negativa ser muito próxima a zero, o indicador de média móvel trimestral, usado para mensurar tendências, também ficou estável entre os trimestres encerrados em agosto e julho.

Denise observou que o resultado do emprego na indústria está diretamente relacionado ao comportamento do setor industrial, nos últimos meses. "A produção industrial está em um movimento de recuperação modesta, no segundo semestre, um crescimento mais suave. E o emprego responde a isso com certa defasagem. Essa recuperação na produção industrial não piorou nem melhorou (o emprego industrial)", afirmou a economista.

Na avaliação da técnica, os resultados de emprego industrial na comparação mês ante mês anterior só voltarão a ter taxas de elevação significativas quando a produção industrial apresentar um crescimento mais sustentável. "Assim, os empresários ficam confiantes com os rumos futuros, e aumentam as contratações", comentou. "Mas o que a gente observa agora é que, no que se refere mercado de trabalho industrial, não houve uma resposta robusta", afirmou.

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