O governador Roberto Requião anunciou, nesta segunda-feira, durante a reunião da operação ?Mãos Limpas?, que os números divulgados pelo Ministério do Trabalho indicam um saldo positivo de empregos gerados no Paraná, já que em 2 anos e oitos meses foram cadastrados 269.915 novos postos de trabalho com carteira assinada e nenhuma vaga foi fechada.
Os números apontados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicaram o fechamento de 110.438 postos de trabalho entre os anos de 1995 a 2002. O número de empregos gerados no mesmo período foi de 148.052, o que resulta em um saldo de 37.614 novos postos trabalho gerados em oito anos.
?Durante oito anos do governo que me antecedeu, com toda aquela conversa mole de indústria automobilística, foram criados 391 novos empregos por mês. Neste governo são gerados em média 8.434 empregos a cada mês, segundo o Ministério do Trabalho. Isso é uma vitória para o Estado do Paraná?, comparou o governador.
Segundo Requião, a evolução se deve, entre outras coisas, a medidas tributárias de sucesso, como a isenção e redução de ICMS para micro e pequenas empresas e a dilação do imposto para empresas que instalarem suas sedes no interior do Estado.
?O inusitado disso tudo é que ainda se fala que houve redução no número de empregos industriais no Paraná. Reduziu, mas o conjunto dos empregos aumentou. Essa redução foi ocasionada em função do câmbio, do real extremamente valorizado que diminuiu a exportação de madeira?, argumentou o governador.
Liderança
O delegado regional do Trabalho no Paraná, Geraldo Serathiuk, afirmou na reunião que entre janeiro de 2003 a agosto de 2005 o Paraná apresentou saldo positivo na geração de novos postos de trabalho, ?podendo ser considerado o melhor rendimento do país?.
?O Paraná não apontou, durante dois anos e oito meses, o fechamento de nenhum dos postos gerados?, disse o delegado. Segundo ele, apenas no mês de agosto o Paraná gerou mais 10.319 empregos formais, subindo para 89.528 o número de postos de trabalho criados com carteira assinada.
?Para que se possa mensurar a colocação paranaense, enquanto aqui foram geradas mais de 89 mil vagas este ano, em Santa Catarina, foram criadas 47.970 e no Rio Grande do Sul foram abertos apenas 14.004 postos de trabalho?, exemplificou Serathiuk.
Os números do Paraná ganham mais destaque ao se comparar com os resultados dos Estados do Norte e do Nordeste. Os sete Estados do Norte juntos, por exemplo, só geraram 45.954 empregos neste ano, pouco mais que a metade dos verificados no Paraná. Já os nove Estados do Nordeste juntos geraram 73.946 vagas no mercado em 2005.
Setores
Entre os setores que mais geraram empregos formais este ano no Paraná, o destaque ficou com a área de serviços: 29.961, com a liderança das lojas de alimentação e manutenção (7.780), administradoras de imóveis (7.677), transporte e comunicação (7.385) e ensino (3.708).
A indústria foi responsável por 27.100 empregos. Os melhores resultados foram obtidos pelas áreas de produtos alimentares e bebidas ((17.383), têxtil e vestuário (3.553), material de transporte (1.662), material elétrico e de comunicação (igual ao do de material de transporte) e papel e editoras (974).
O comércio gerou 16.779 empregos, dos quais 14.128 no varejista e 2.651 no atacadista. Já a agricultura foi responsável por 10.395 postos de trabalho formais. A construção civil, área de que serve de termômetro para verificar o crescimento da economia, depois de anos, gerou um saldo positivo de 3.079 empregos.