Emprego fica estável depois de três meses com mais demissões do que contratações

Após três meses consecutivos de resultados negativos, o emprego na indústria brasileira ficou estável em janeiro deste ano, registrando o mesmo número de contratações e demissões. No entanto, na comparação com janeiro de 2005, o número de demissões superou o de admissões (-1,3%), mantendo uma seqüência de cinco taxas negativas neste tipo de comparação, conforme divulgou hoje (17) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda na comparação com janeiro de 2005, o pior resultado em janeiro deste ano foi registrado no Rio Grande do Sul (-9,4%) e as indústrias que mais demitiram foram de calçados e artigos de couro (-23,4%). A região Nordeste (-3,7%) e o Paraná (-3,4%) também tiveram altos índices de dispensas nos setores de alimentos e bebidas (-7,1%) e de madeira (-22,3%), respectivamente.

No sentido contrário, as regiões Norte e Centro Oeste (5%) contrataram mais do que demitiram, principalmente na indústria de alimentos e bebidas (14,7%). A Pesquisa Mensal de Emprego e Salários na Indústria do IBGE mostrou ainda que em janeiro de 2006 os trabalhadores do setor tiveram um ganho de 5,3% na folha de pagamento em relação a dezembro de 2005.

O resultado reverteu uma série de quatro resultados negativos e, segundo o IBGE, refletiu o pagamento de benefícios, como participação nos lucros, na indústria de extração de petróleo, gás e minério de ferro (23,7%).

Na comparação com janeiro de 2005, houve queda de 0,2% na folha de pagamento. A principal contribuição veio do Rio Grande do Sul (-11,1%) devido à queda nos rendimentos nas indústrias de calçados e artigos de couro (-27,0%) e em papel e gráfica (-34,2%).

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