Emprego com carteira assinada cresceu 0,73% em setembro

Brasília – O emprego com carteira assinada cresceu 0,73% em setembro, na comparação com o mês de agosto. Foram criados mais 189.458 postos de trabalho, contra 135.460 novos empregos no mês anterior. Este foi o segundo melhor resultado para meses de setembro na última década, perdendo apenas para 2004 (199.742 vagas). Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com o estudo, o que motivou a elevação foi a manutenção do nível de atividade interna, potencializada por fatores como a expansão do emprego na cultura da cana-de-açúcar. Por conta disso, a região Nordeste aparece como a maior geradora de empregos no mês, com 91.779 postos. As usinas de açúcar e de produção de álcool foram responsáveis pela geração de 46.425 empregos, beneficiando os estados de Alagoas, com mais 28.972 postos e Pernambuco com mais 16.278 postos.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, essa é a primeira oportunidade que o Nordeste tem no ano de figurar como o maior gerador de empregos, em virtude da sazonalidade (ciclo da cultura da cana-se-açúcar). Em seguida, está a região sudeste, que teve mais 65.184 carteiras assinadas.

De modo geral, os principais setores responsáveis pela dinamização do emprego em setembro foram: indústria de transformação (com mais 80.966 postos), serviços (com mais 63.774 postos), comércio (com mais 47.031 postos) e construção civil (com mais 16.630 postos).

A agricultura foi o único dos grandes setores a registrar queda de emprego em setembro. O setor perdeu 23.759 vagas, em virtude da entressafra no centro-sul do país. No acumulado do ano, o setor apresentou expansão de 13,69%, representando um acréscimo de 175.641 vagas. De janeiro a setembro, foram gerados 1.408.694 empregos com carteira assinada.

"Estamos trabalhando com uma meta de gerar 100 mil empregos formais em média a cada mês no período do governo Lula. Tenho certeza de que nós cumpriremos", afirmou Marinho.

Para o ministro, o aumento de postos de trabalho em setembro é uma garantia de continuidade do crescimento da economia. Para os próximos meses, no entanto, a projeção que ele faz é de queda. "Historicamente, outubro, novembro e dezembro são meses de queda no Caged. Deveremos considerar estes meses como período de sazonalidade", afirmou.

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