Fora de série

Websérie “Na ponta do lápis” aposta em consultoria para alavancar negócios

Elysa e a gerente Andréia recebendo orientações da consultora Cibele Bastos , da FAE (Foto: Raquel Tannuri Santana).

Empreender - Tribuna Um canal na internet em que o pequeno empresário terá acesso a dicas e conteúdos para alavancar sua empresa. Este é o objetivo do projeto “Na ponta do lápis”, primeira temporada da websérie que entra no ar no site da Tribuna (tribunapr.com.br) a partir do próximo mês. Serão dois episódios: o primeiro no dia 20 de fevereiro e o segundo uma semana depois, no dia 22 de fevereiro.

A ideia é mostrar – na prática – como pequenas mudanças podem fazer toda a diferença nos negócios. Duas empresas de Curitiba foram convidadas a participar nesta primeira edição: a Paleteria e a Mercearia Viana. A primeira é uma empresa jovem, tem apenas 6 anos; a segunda é uma velha conhecida dos curitibanos, está há 110 anos com as portas abertas no mercado.

O projeto

Vera Robles, consultora na área de Finanças da FAE (Foto: Raquel Tannuri Santana).
Vera Robles, consultora na área de Finanças da FAE (Foto: Raquel Tannuri Santana).

Em parceria com a FAE, pertencente ao Grupo Bom Jesus, e com a Itaipu Binacional, o projeto Empreender começou a veicular em junho do ano passado no jornal impresso e no site. Na primeira fase, foram publicados conteúdos para ajudar a inspirar os empresários, tanto dicas como histórias de sucesso. Nesta segunda etapa, além de conteúdos impressos, a novidade serão os episódios da websérie.

Cada empresa convidada recebeu mentoria das consultoras Vera Robles (Finanças), Edna Cicmanec (marketing) e Cibele Bastos (RH), da FAE, e uma verba de R$ 10 mil para investir nas mudanças. Todas elas poderão ser acompanhadas a partir de fevereiro no tribunapr.com.br.

Que nem pão quente

Edna Cicmanecmark e Taylline Veronese, da Mercearia Viana (Foto: Raquel Tannuri Santana).
Edna Cicmanec e Taylline Veronese, da Mercearia Viana (Foto: Raquel Tannuri Santana).

Nascida Leitaria Viana em 1906, a Mercearia Viana já está na terceira geração da Família Veronese, proprietária do negócio há mais de 50 anos. São 89 tipos de pães assados numa fábrica que trabalha 24 horas por dia e consome três toneladas de farinha de trigo por semana. Agora, fábrica e padaria estão de mudança para um lugar maior.

“Só usamos ingredientes frescos, sem conservantes. E tem pão quente o tempo todo”, explica Thaylline Veronese, administradora da Viana e filha do proprietário, Gilmar Veronese. O francês sai a cada 20 minutos – vendem-se oito mil por dia. Do caseirão e da broa integral, são seis fornadas diárias. As filas costumam dobrar o quarteirão em horários de pico.

Uma das estrelas da casa, o caseirão, pesa 1,2 quilos, tem fermento de batata – receita da avó de Thaylline – numa massa que descansa por cinco horas antes de ir ao forno. O resultado é um pão macio e saboroso. Outra estrela da casa é broa, fornecida ao Bar do Alemão, no Largo da Ordem, onde acompanha a carne de onça. Além dos pães e biscoitos que produz, a casa também vende laticínios e frios de fornecedores exclusivos.

Problemas

Apesar de ser uma empresa de sucesso e conhecida do curitibano, a Viana ainda era administrada por Thaylline sem o uso de informática. “Fazia tudo na mão mesmo”, admite Thaylline. Os ajustes na gestão, a partir das consultorias, você confere no dia 15 de fevereiro.

Empresa saiu do frio

A empresária Elysa Barranco teve a ideia de abrir a primeira Paleteria do Brasil em Curitiba, terra do frio. Foi uma aposta arriscada. Do sucesso inicial, em que chegou a vender 6 mil paletas por final de semana, seis anos depois vieram os problemas. “Fomos insistentemente copiados”, lamenta.

Paleteria chegou a ter seis lojas, duas própria e quatro franquias (Foto: Raquel Tannuri Santana).
Paleteria chegou a ter seis lojas, duas própria e quatro franquias (Foto: Raquel Tannuri Santana).

Elysa é casada com um empresário mexicano e teve a ideia de abrir o negócio em 2011, quando morou em Guadalajara, no México. “Não existia nada igual no Brasil”, lembra. Fã do picolé artesanal mexicano, ela chegou a ter seis lojas, duas próprias e quatro franquias. Hoje tem apenas uma, além da fábrica de sorvetes.
A sorveteria tem um ambiente colorido e agradável. Decoração, músicas e objetos remetem ao México. O cliente pode escolher entre 17 sabores de picolés de frutas (naturais), 19 de creme, quatro recheados (os mais procurados) e três com bebidas alcoólicas.

Problemas

Apesar de ter feito sucesso, o crescimento da Paleteria foi muito rápido. Além disso, a ideia foi exaustivamente copiada. Apesar de Elysa ter patenteado ideia, receita e logomarca, a cópia foi inevitável. “E cópia ruim, o que é pior”, lamenta a empresária. O case da Paleteria poderá ser conferido no episódio do dia 22 de fevereiro.

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