A websérie “Na Ponta do Lápis”, do projeto Empreender, está no ar no site da
A ideia do projeto é mostrar na prática como pequenas mudanças nos negócios podem fazer toda a diferença para o sucesso de um empreendimento. Além da Paleteria, também participa da websérie a Mercearia Viana, cujo episódio será apresentando no próximo dia 22.
A websérie faz parte do projeto Empreender, cujo início se deu em julho de 2016, nas páginas do jornal impresso e no site. Na primeira fase foram apresentados vários cases e dicas de empreendimentos. Já em seu segundo momento foram escolhidos dois empreendimentos, cujas histórias serão apresentadas no vídeo.
Mudanças
A ideia da websérie é apresentar aos leitores como pequenas atitudes podem fazer toda a diferença num negócio. Para que as mudanças acontecessem, foram convidados três consultoras da FAE, as professoras Vera Robles (Finanças), Edna Cicmanec (Marketing) e Cibele Bastos (RH). Em mentoria às duas empresas, elas fizeram uma série de orientações para melhorar o desempenho das empresas.
Entre as orientações para a Paleteria estão a grafitagem e distribuição de 100 paletas grátis durante um evento promovido na loja de Curitiba, investimento nas redes sociais, elaboração de novos produtos, como as mini-paletas, entre outros. Todas as mudanças poderão ser acompanhadas nas edições da Tribuna e no site do jornal.
Administrativamente, entre as dicas dadas pelas professoras estão como organizar a Matriz Fofa ou SWOT, como achar o Ponto de Equilíbrio da empresa, além de dicas de marketing, implementação de software de gestão, entre outras. Para as duas empresas, patrocinadores e apoiadores do projeto disponibilizaram uma verba de R$ 10 mil para investir nas mudanças feitas pelas professoras.
Ideia foi muito copiada
Com receitas exclusivas, a Paleteria foi criada em 2007 pela empresária Elysa Barranco, depois que ela voltou de uma viagem. Casada com um mexicano, Elysa atualmente vive nos dois países. Ela conheceu o marido em Curitiba, os dois se casaram e foi nas constantes viagens que faz àquele país que ela percebeu no sorvete feito de forma diferente do nosso, um nicho de mercado.
“Tem muita pesquisa envolvida até chegar à receita atual”, comenta. Na época em que teve a ideia de trazer a paleta para o Brasil, a empresária chegou a consumir oito unidades diárias. “Pesquisei com o maior prazer”, brinca. Novidade na cidade, mesmo com o clima contrário – já que Curitiba é a capital mais fria do Brasil – a marca “bombou”, o que fez com que crescesse muito rápido.
Elysa chegou a ter seis lojas, quatro delas própria e duas franquias. Hoje tem duas lojas próprias, uma em Curitiba e a outra em Guaratuba, no litoral paranaense. No auge do sucesso, chegou a vender duas mil unidades num único dia.
Viver do sonho
Com o passar do tempo, a novidade trazida do México passou a ser exaustivamente copiada. “Todo mundo acha que bater fruta com leite condensado é paleta, mas não é”, avisa Elysa. Pelo menos na Paleteria, os mais de 30 sabores exclusivos vão muito além. Ela mantém uma fábrica e constantemente está inventando novos sabores.
Mas com tanto sucesso, por que a empresária chegou a pensar em fechar as portas? “Fizemos algumas escolhas erradas, acumulamos algumas dívidas, mas realmente eu acredito que posso viver do meu sonho”, avalia. Baseadas neste sonho, as professores inseriram uma série de mudanças na marca. “Só na marca, pois o produto é ótimo”, enfatizam as mentoras.