O microempreendedor Edson Maia, de 28 anos, mora no distrito de Jardim São João Batista, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. Com cerca de sete mil habitantes e distante sete quilômetros de um centro urbano, os moradores do bairro precisavam se deslocar para atividades simples como pagamento de conta, comprar créditos para o celular, e até acessar a internet.
De olho nesse mercado potencial, Ed, como é chamado, resolveu abrir seu próprio negócio há cerca de sete anos. No início, dava curso de computação para os moradores locais e mantinha uma lan house. Hoje, ele gerencia sua própria loja, a Emstelecom, onde disponibiliza serviço de papelaria e também vende sinal de internet. Atualmente, são mais de 500 clientes atendidos em Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul e Itaperuçu. O sinal que antes era apenas por rádio, hoje já se moderniza para fibra, abrindo novas perspectivas de expansão para o empresário.
Começou empregando a família – mãe e irmão. Hoje já contabiliza mais dois funcionários, incluindo entre eles o seu primeiro cliente da lan house. “Foi ele quem me deu a ideia de abrir o negócio”, relata.
Projeto vencedor
Em 2009, percebendo a carência de serviços no bairro, e com o desejo de mudar a realidade de sua comunidade, Edson pediu dispensa do trabalho para abrir sua própria empresa. Na mesma época conheceu o trabalho desenvolvido pela Aliança Empreendedora em um evento para apoio de jovens microempreendedores.
A programação do evento incluía palestras sobre planejamento de negócios, sendo que na ocasião, dez projetos seriam escolhidos para apoio em conhecimento e acesso a microcrédito. Edson foi um dos selecionados, e conseguiu crédito de R$ 1,4 mil, que aliado ao dinheiro de quando saiu do emprego de almoxarife, possibilitou a abertura do seu próprio empreendimento. “Comprei equipamentos, o que me possibilitou um começo naquela época”, conta.
De acordo com Edson, antes de ele abrir o negócio sua renda era de R$ 800 mensais. Durante os primeiros meses de negócio ele começou a faturar de 1,5 mil a R$ 2 mil por mês. E agora, por conta da venda e instalação do sinal da internet seu faturamento varia de R$ 10 mil a R$ 20 mil. “E a perspectiva é de crescimento, já que expandi meus negócios para mais dois municípios”, comemora.