O Corinthians ainda não saiu totalmente do risco de rebaixamento mas os últimos resultados – tanto no Brasileiro como na Sul-Americana – mudaram o astral no Parque São Jorge. Agora, em vez de se falar em Série B nacional, o assunto é Taça Libertadores da América. O técnico Emerson Leão está tão empolgado com a reação do time que acredita na possibilidade de ficar com uma vaga no torneio sul-americano em 2007. O primeiro passo nesse novo caminho será o duelo com o Paraná, às 18h10, no Pacaembu.
Leão calcula que uma seqüência de vitórias levará sua equipe ao bloco principal da competição. Na ausência de Nilmar, que pode até ir embora (veja ao lado) e de Rafael Moura, suspenso, a saída é recorrer a Nadson, enfim em forma, mas com reservas. ‘Não acho que o Nadson fará o mesmo que o Rafael porque têm características diferentes’, disse Leão, que gostou de saber do atacante baiano que, agora, ele está uma maravilha. ‘É a mesma maravilha do tornozelo do Nery’, ironizou.
Gustavo Nery não se importou com brincadeira. Ele já foi chamado de ‘chinelinho’ no Corinthians – este ano, passou mais tempo machucado do que jogando. Agora, com a chegada de César, quer mostrar a Leão que é útil. Com um discurso cauteloso, defendeu-se das críticas e justificou a ausência por problemas crônicos no tornozelo e por um drama familiar vivido no início da temporada – preferiu não dar detalhes. ‘Sei que este ano estou devendo. Passei por muitas lesões, problemas familiares me deixaram de cabeça quente, mas a meu tornozelo está uma maravilha.
A contusão virou motivo de chacota de Leão. ‘Só foi o César chegar e o tornozelo do Nery ficou bom rapidinho’, brincou o treinador. Nery jura não se importar com as tiradas. ‘Quero ajudar o Corinthians.