Emoções inevitáveis

A vida é um ciclo ininterrupto e repetitivo de emoções. Intriga-me, entretanto, saber se as emoções andam em compasso com os fatos da vida ou, ao contrário, são independentes, funcionando antes como um mecanismo para preservar nossa saúde psíquica. Acredito que as duas proposições são corretas.

Do ponto de vista das emoções, as vidas são todas muito parecidas. Se contabilizássemos todas as emoções vividas por uma pessoa rica e culta, provavelmente chegaríamos a um número muito próximo ao das emoções vividas por outra, pobre e ignorante. Todos rimos e choramos, amamos e odiamos numa intensidade semelhante. Isso porque as emoções, em regra, não estão relacionadas às questões das finanças e do intelecto. Todos temos dias de graça e de desgraça. Dias onde as emoções se sobrepujam à lógica racional dos fatos.

E como não podemos evitar nossas emoções, tentamos seguidamente reprimi-las, principalmente as negativas. Contudo emoções reprimidas sempre acabam voltando, cedo ou tarde, de um modo transfigurado. Por isso, saudável é quem consegue deixar suas emoções fluírem naturalmente, sejam elas positivas ou não. O problema é que de tão racional, essa proposta soa utópica.

Talvez algum sábio chinês já tenha dito: devemos deixar as emoções seguirem livres na correnteza do rio da vida porque água parada não é boa de se beber… Bom, se não disse, deveria.

 Djalma Filho é advogado

djalma-filho@brturbo.com.br

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