O presidente dos Emirados Árabes Unidos proibiu os militares dos Estados Unidos de usarem bases em seu país para atacar ou espionar o Irã, no momento em que a Marinha americana realiza uma portentosa manobra militar no Golfo Pérsico. Sheik Khalifa bin Zayed Al Nahyan, presidente do país aliado-chave dos EUA, disse que os Emirados asseguraram ao Irã que não está apoiando Washington em sua disputa sobre o programa nuclear de Teerã.
Líderes das nações árabes do Golfo estão cada vez mais desconfortáveis com a dura posição dos EUA em relação ao Irã, certos de que a eclosão de uma guerra levaria a uma retaliação iraniana contra seus países, facilmente alcançados pelos mísseis iranianos. Hoje, a Marinha dos EUA continuou com sua maior demonstração de força no Golfo Pérsico desde a invasão do Iraque em 2003, com 15 navios, 124 aviões e 13 mil marinheiros participando de uma manobra a dezenas de quilômetros da costa do Irã.
Os Emirados "se recusam a permitir o uso de seu território, espaço aéreo e marítimo para agressão contra qualquer país, muito menos contra um país muçulmano vizinho com o qual mantemos laços históricos e econômicos", afirmou o Sheik Khalifa num comunicado divulgado pela agência de notícias da nação, WAM.
