A Diretoria Executiva da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, entregou neste mês o projeto para a liberação de R$ 10 milhões para a implantação da Embrapa Agroenergia. O valor foi negociado com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que acertou a liberação por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O projeto contemplará as principais demandas da unidade, como equipamentos e laboratórios.

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De acordo com Evandro Mantovani, chefe da Secretaria de Gestão e Estratégia (SGE), o projeto foi elaborado por um grupo de trabalho e submetido à aprovação da diretoria executiva. O investimento inicial contemplará a compra de equipamentos e a reestruturação de vários laboratórios, localizados nas unidades descentralizadas. ?O que pretendemos é fortalecer a estrutura das unidades que vão trabalhar com a pesquisa de agroenergia e iniciarmos ainda este ano os trabalhos?, explicou Mantovani.

A Embrapa Agroenergia terá a sede administrativa localizada no edifício sede da empresa, em Brasília, e coordenará trabalhos conjuntos com algumas unidades descentralizadas, além de centros regionais que deverão ser instalados nas cinco regiões do País. ?O objetivo é criar uma estrutura ampla, para facilitar a transferência de tecnologia para todas as regiões?, comentou. Esses centros regionais serão a ligação entre a tecnologia e a transferência.

?O investimento que a Embrapa está solicitando é para a transformação dos laboratórios, que deverão trabalhar especialmente no aspecto qualitativo agronômico?, afirmou Mantovani. A Embrapa Agroenergia irá atuar desde os sistemas de produção até as características necessárias que os produtos e subprodutos deverão ter. As pesquisas também não vão se limitar ao álcool e ao biodiesel. Segundo Mantovani, a busca de alternativas energéticas irá abranger também pesquisas com dejetos e sebo de frigoríficos.

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Em relação aos recursos humanos, Mantovani disse que o último concurso para pesquisador previu vagas para especialistas em agroenergia, que deverão ser contratados nas unidades descentralizadas que terão trabalho na área.