Embraer prevê investir US$ 2,6 bilhçoes nos próximos 5 anos

O presidente da Embraer, Maurício Botelho, informou nesta quinta-feira (14) que a empresa programa investimentos de US$ 2,6 bilhões nos próximos cinco anos. Os recursos serão destinados ao lançamento de novos produtos, certificações das atuais aeronaves, desenvolvimento de tecnologia, capacitação industrial, além da abertura de centros de serviços no exterior.

A empresa deve contratar cerca de 4 mil funcionários no próximo ano para dar conta de sua previsão de crescimento, afirmou Botelho. "Desde a privatização, em 1995, até 2006, nós investimentos US$ 2,6 bilhões. Ou seja, vamos aplicar agora o mesmo valor na metade do tempo", disse. Em 2006, a empresa deve aplicar U$ 280 milhões, ampliando o investimento para US$ 500 milhões em 2007.

O executivo contou que o ritmo da linha de produção caminha para a normalidade. A Embraer teve problemas com o fornecimento de asas, entre outros componentes, o que acabou reduzindo a previsão de entregas deste ano em 10 unidades. Segundo Botelho, a Embraer terá que pagar multa para seus clientes por conta do atraso, mas ele salientou que o valor é "irrelevante".

Botelho revelou que a Embraer apresentou a um governador dos Estados Unidos uma proposta para abrir uma fábrica naquele país. O projeto implicaria em um investimento de US$ 34 milhões e criação de 400 empregos. "Recebemos uma resposta positiva em menos de 90 dias, já oferecendo um apoio de US$ 24 milhões para a proposta." No entanto, o plano não avançou. Botelho evitou comentar os motivos. "A idéia não foi para frente, mas nós continuamos olhando para outros países", destacou.

O presidente da Embraer disse que a instalação de fábricas de aviões "geram empregos de qualidade e atraem o interesse de vários países". Segundo ele, a companhia já recebeu manifestações de interesse do México e também da União Européia, sem revelar qual o país deste bloco. Hoje, a Embraer possui unidades na China e em Portugal.

Jatos executivos

O vice-presidente executivo para o mercado de aviação executiva da Embraer, Luís Carlos Affonso, informou hoje que o segmento deve representar 15% da receita em 2006, ante participação de 6% no ano passado. A meta da empresa é que a aviação executiva alcance 20% do faturamento no prazo de cinco a 10 anos.

"Os congestionamentos nos grande aeroportos, como Chicago, Paris e do Texas, e as fortes medidas de segurança estão incentivando o forte crescimento da aviação executiva em todo o mundo", revelou. Este ano, o mercado mundial deve bater recorde de 870 entregas de jatos executivos, o que representa um crescimento de 25% sobre 2005 e um mercado de US$ 25 bilhões.

Segundo ele, a Embraer já possui encomendas para mais de 350 jatos da nova família Phenom e para cerca de 10 unidades do modelo Lineage. Na linha Legacy, a previsão é fechar 2006 com 25 a 30 unidades encomendadas.

Affonso revelou que a Embraer estuda desenvolver dois novos jatos executivos para as categorias midsize e midlight, com capacidades entre oito e 11 passageiros. Essas categorias devem se encaixar entre o Phenom 300 e o Legacy. Atualmente, a Bombardier e a Cessna já concorrem nesses dois segmentos.

O presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse que a aviação comercial deve fechar o ano com participação de 70% no total das vendas. Conforme o executivo, o peso deste segmento já chegou a 90% da receita da companhia. Hoje, as companhias norte-americanas são as maiores clientes da empresa, respondendo por 60% das encomendas de aviões comerciais, seguido pela União Européia, com 25% a 30%

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