Genebra – A Embraer fechou hoje (3), na Suíça, um contrato para a exportação de jatos no valor de US$ 140 milhões, mas seu presidente, Maurício Botelho, alertou que a valorização do real frente ao dólar pode afetar a capacidade da empresa em investir nos próximos anos. Hoje em Genebra, a fabricante de aviões concluiu um acordo com a empresa aérea suíça JetBird para a entrega de 50 jatos Phenom 100 em 2009. Os suíços ainda ficaram com a opção de compra de outras 50 aeronaves que, se concretizado, resultaria em um contrato de US$ 280 milhões.

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O jato foi lançado há um ano em Washington, mas o contrato é o primeiro na Europa para formar uma frota. "Trata-se de um acordo muito relevante para nós", afirmou Botelho. O jato entrará em operação em 2008 e as entregas para a companhia suíça estão programadas para ocorrer um ano mais tarde.

A empresa suíça que acaba de ser criada usará os jatos para realizar vôos de baixo custo na Europa para executivos, um novo nicho de mercado. Segundo o presidente da JetBird, Domhnal Slattery, o jato brasileiro é "superior" a outras aeronaves no que diz respeito ao "espaço e conforto". Além disso, a aeronave da Embraer é projetada para permanecer em solo um tempo mínimo, "contribuindo para reduzir custos operacionais". "Nós oferecemos uma alternativa atraente não somente para os usuários de jatos executivos, mas também para pessoas que antes não tinham acesso a este mercado", explicou Slattery.

Segundo Botelho, a Embraer deverá entregar 145 jatos neste ano resultado de seus contratos fechados nos anos anteriores. "Nossa receita será um pouco superior à do ano passado, quando atingimos US$ 3,8 bilhões. Mas nossos investimentos serão inferiores a 10% dessa receita e deverão permanecer em cerca de US$ 280 milhões", explicou o presidente da empresa. "Poderíamos investir mais se o real não estivesse tão forte. Estamos sendo severamente afetados pelo câmbio", concluiu.

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