O embaixador do Paraguai no Brasil, Luiz Gonzales, defendeu hoje melhorias nos acordos sanitários entre os dois países como forma de combater e erradicar a febre aftosa na região de fronteira. Ele observou que o Paraguai já concorda em vacinar seu rebanho no mesmo período que o Brasil, nos meses de maio e novembro, medida que já é adotada há pelo menos três anos.
Após reunião com representantes da bancada ruralista, o embaixador ressaltou a necessidade de trabalho conjunto dos governos dos dois países e disse que o ambiente entre os técnicos do Brasil e do Paraguai é bom. "O prejuízo econômico agora é do Brasil, mas também pode ser do Paraguai", afirmou. Gonzales minimizou os conflitos entre técnicos brasileiros e paraguaios, no que diz respeito ao controle da febre aftosa. "Nós esperamos a cooperação entre os serviços sanitários do Brasil e do Paraguai. Esperamos que cada país ponha sua maior boa vontade para trabalhar nesse assunto", acrescentou o embaixador.
O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (PFL-GO), sugeriu a identificação das fazendas e dos animais num raio de 50 km a partir da fronteira entre os dois países. "Esse trabalho pode dar a nós e aos importadores de carne, tanto do Brasil, quanto do Paraguai, a garantia de que não teremos mais aftosa", disse o parlamentar. Ele ressaltou que esse modelo de ação na fronteira pode ser estendida para as dividas do País com outras nações que fazem limite com o território do Paraguai.
O deputado ressaltou que irá trabalhar pra que essa identificação seja levada adiante. O embaixador disse que fará o mesmo trabalho junto ao governo paraguaio. Caiado e mais dois parlamentares da bancada ruralista estiveram na manhã de hoje com o embaixador Luiz Gonzales, em Brasília.