O embaixador do Brasil na Indonésia, Carlos Eduardo Sette, disse hoje que o país está com dificuldades de distribuir a ajuda humanitária recebida de todo o mundo para as vítimas do maremoto na Ásia. Segundo o diplomata, por isso, a principal missão da embaixada, neste momento, é canalizar recursos para aquele país a fim de facilitar o escoamento e a distribuição das doações. "Essa é a nossa principal missão", afirmou.
É preciso melhorar o acesso às estradas e as condições dos postos", disse Carlos Eduardo, ao participar, no Itamaraty, de reunião com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e mais 48 embaixadores que trabalham nas representações do Brasil no exterior. A Indonésia foi o país com o maior número de mortes por causa do fenômeno que atingiu as costas da Ásia e da África.
De acordo com o embaixador, na próxima semana, quando chega à Indonésia a missão brasileira encarregada de verificar as condições de continuidade do apoio e necessidades de auxílio aos países atingidos pelo maremoto, a situação crítica naquele país tende a minimizar.
Amanhã (7), o governo brasileiro enviará a terceira carga de ajuda humanitária aos países atingidos pelos maremotos no sul da Ásia. Um avião KC 707 da Força Aérea Brasileira (FAB)sairá às 20 horas do Rio de Janeiro levando 16 toneladas de medicamentos e água para Medan, na Indonésia.
Quando ocorreu o maremoto, o embaixador Carlos Sette estava no Rio de Janeiro. Ele disse, entretanto, que vem mantendo contato diário com a Embaixada do Brasil naquele país. "Estamos tomando todas as medidas necessárias no que diz respeito ao apoio brasileiro", afirmou o diplomata, que volta à Indonésia na próxima semana.
Carlos Sette contou que o presidente Lula foi enfático hoje ao dizer, durante encontro com os embaixadores no Palácio do Planalto, que está empenhando em ajudar os países atingidos. O assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia, que também participou da reunião com embaixadores, disse que o governo brasileiro vem estudando a possibilidade de aumentar a ajuda humanitária aos países atingidos pelo maremoto. Segundo Marco Aurélio, ontem o presidente Lula reuniu-se com representantes do Ministério da Defesa e comandantes militares para analisar a questão.