São Paulo (AE) – Em uma hora e meia, esgotaram-se as cinco toneladas de carne crua que foram distribuídas gratuitamente à população na Praça da Sé, hoje (28) de manhã. Promovido pela Força Sindical e bancado por frigoríficos do interior de São Paulo ligados ao Sindicato dos Frios (patronal), o ato foi a segunda manifestação de protesto do grupo contra o embargo internacional à carne brasileira.
As doações começaram às 10h30. Os primeiros da fila avançaram sobre as sacolas. Ao fim do protesto, cerca de 5 mil pessoas saíram com a carne do almoço garantida. O alimento foi a sobra do evento realizado no dia anterior, também na capital paulista, que atraiu 7 mil pessoas.
Nos primeiros 30 minutos, a carne era embalada em sacolas plásticas pelos sindicalistas, sem luvas, e lacradas com um nó. Depois de questionado pela reportagem sobre a falta de higiene, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, mandou improvisar luvas com sacos plásticos.
Enquanto a carne era distribuída, Paulinho e João Carlos Gonçalves, o Juruna, e outros sindicalistas se revezavam ao microfone do carro de som. O discurso sobre o problema da febre aftosa e o risco de desemprego no setor frigorífico não pareceu comover a população carente na Praça da Sé, que reclamou, sim, da demora na distribuição.