Quarenta e seis países assinaram hoje uma declaração pedindo um tratado internacional para banir o uso das chamadas bombas de fragmentação, informaram funcionários do governo norueguês e ativistas de duas organizações não-governamentais (ONGs). Das 49 nações que participaram de uma conferência realizada em Oslo, apenas Japão, Polônia e Romênia não aprovaram a declaração final disseram o vice-chanceler norueguês Raymond Johansen e integrantes das ONGs Human Rights Watch (HRW) e Coalização Contra Munições de Fragmentação. A convenção foi ignorada por China, Estados Unidos, Israel e Rússia, principais fabricantes dessas munições.

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Na visão dos organizadores, os países precisam seguir adiante e se unir para evitar uma potencial catástrofe humanitária por causa do uso desse tipo de munição. A declaração apresentada hoje, último dia da reunião, pede às nações que "concluam até 2008 um instrumento jurídico internacional" para banir as bombas de fragmentação, ou bomba de cacho – bombas antipessoas que espalham bombas menores chamadas "bomblets" em área maior. Tal tratado proibiria "o uso, a produção, a transferência e a estocagem de munições de fragmentação, que atingem inaceitavelmente as populações civis", diz o documento.

Grande parte dessas munições não explode na hora – ficam dormentes por anos, muitas vezes até depois do término de conflitos bélicos, e causam grande número de vítimas entre civis. Outro problema é que as bombas de fragmentação normalmente atraem crianças por causa de seu formato e de suas cores chamativas, denunciam ativistas. Cerca de 60% das vítimas de bombas de fragmentação no sudeste da Ásia são crianças, informa a Coalização Contra Munições de Fragmentação.

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