Em Nova York, 10 famílias entram com ação por tragédia da Gol

Os membros das famílias de dez passageiros do vôo 1907 da Gol, mortos dia 29 de setembro após a colisão da aeronave com o jato Legacy, entraram com uma ação nesta segunda-feira (6) no Tribunal Federal da Cidade de Nova York contra a ExcelAire e a Honeywell International. O grupo é representado pelo escritório de advocacia Lieff Cabraser Heimann & Bernstein.

A ação pede indenizações compensatórias e punitivas contra a ExcelAire e a Honeywell por negligência. "Embora as investigações oficiais da tragédia da Gol Airlines ainda estejam em andamento, existem atualmente evidências suficientes para alegar que negligências da ExcelAire e da Honeywell representaram fatores substanciais que contribuíram para a colisão fatal", afirmou Robert L. Lieff, sócio-fundador da Lieff Cabraser, em comunicado.

Para o advogado brasileiro Leonardo Amarante, cuja empresa trabalha em parceria com a Lieff Cabraser, os familiares "estão defendendo seus direitos de acordo com as leis dos Estados Unidos contra a ExcelAire e a Honeywell para assegurar que todos os fatos relacionados ao acidente sejam revelados e que esse desastre nunca seja repetido". Hans-Peter Graf, veterano piloto comercial e antigo investigador do Swiss Aircraft Accidents Investigation Bureou, especializado em operação de vôo e fatores humanos, foi contratado pela Lieff Cabraser para trabalhar no caso.

Acusação

A acusação é que os pilotos do jato da ExcelAire estavam voando em uma altitude incorreta na hora da colisão, falharam em operar o transponder e o equipamento do jato e falharam na manutenção de comunicação com o controle de tráfego aéreo brasileiro, violando os padrões da aviação civil internacional. Se os pilotos do avião da ExcelAire tivessem seguido esses padrões, a colisão não teria ocorrido, diz a defesa.

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