A Petrobras divulgou nota à imprensa, por meio de sua subsidiária na Bolívia, refutando as acusações de sabotagem a que foi submetida esta semana pela interrupção de fornecimento de óleo diesel para o consumo interno boliviano. Segundo a nota, a suspensão temporal das importações de diesel que são feitas pela Petrobras Bolívia foi "um último recurso a que a estatal se viu obrigada a recorrer diante da incapacidade financeira de seguir importando o combustível".
Segundo a Petrobras, isso ocorreu por conta da suspensão do pagamento das Notas de Crédito Fiscal (Nocre), uma espécie de subsídio pago pelo governo local à Petrobras para compensar a diferença entre o valor do diesel importado e o que é vendido de fato para a população local.
De acordo com a nota da Petrobras, o aumento do diesel no mercado internacional que vem sendo verificado ultimamente motivou um "incremento considerável do subsídio". Por isso, diz a nota, o atraso no pagamento das Nocre provocou dificuldades econômicas que impediram a empresa de manter os mesmo fluxos de importação que correspondem a 13 milhões de litros mensais.
Ainda segundo a nota, em outubro do ano passado, a estatal firmou com o governo boliviano contrato para que a Nocre fosse paga em, no máximo, 12 dias a partir da recepção da documentação requerida. Porém, desde que a atual administração assumiu o governo local, o atraso se tornou mais intenso. A Petrobras informou que vinha "solicitando de maneira insistente e permanentemente ao governo que os pagamentos das Nocres fosse efetivados.
Segundo o assessor de imprensa da Petrobras Bolívia, a interrupção se deu por uma semana. Ainda segundo ele, o fornecimento já foi restabelecido.