Citado em dez gravações telefônicas entre membros da quadrilha desbaratada pela Operação Navalha, interceptadas por ordem judicial, o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), divulgou nota negando envolvimento com o caso. ?Solicitamos à PF uma certidão sobre qualquer alusão ou citação de meu nome no referido processo, para que possamos esclarecer e, mais que isso mostrar que não temos nenhum envolvimento em qualquer ação ilícita?, diz o governador. Lago também salientou que tem interesse em ?punir os culpados?.
O governador escapou de ser preso graças à Constituição de seu Estado. A ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), entendeu que faltaram ?elementos fáticos? para que fosse preso em flagrante – única hipótese prevista na Constituição do Maranhão.
Já os sobrinhos do governador, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior, foram presos na operação da PF, que desbaratou uma quadrilha especializada em desviar dinheiro público por meio de fraudes em licitações de obras do governo. Eles teriam recebido ?vantagem indevida? de R$ 240 mil do empresário e dono da construtora Gautama, Zuleido Soares Veras. Conforme a ministra, os dois agiam ?em nome? de Lago.