Tudo bem que o jogo não valia mais nada, mas, mesmo assim, bem que a torcida poderia ter sido agraciada com uma partida mais vibrante entre Bolívia x Brasil. Quem esperava um show de pedaladas de Robinho, contentou-se em ver um festival de passes errados, chutões e apatia generalizada.
Sem suas principais estrelas, a seleção brasileira não demonstrou o mesmo futebol praticado contra o Chile. Juninho Pernambucano e Ricardinho tentavam dar alguma mobilidade para o time, mas a altitude boliviana e um certo desdém com a partida (o Brasil já entrou em campo classificado, enquanto a Bolívia está fora da disputa) não auxiliaram os meio-campistas.
Coube a Juninho Pernambucano, o jogador brasileiro mais lúcido em campo, abrir o marcador aos 25 minutos, após bater uma falta com perfeição, colocando a bola na gaveta do goleiro boliviano.
O gol acordou os donos da casa que obrigaram o arqueiro Júlio César a fazer duas boas intervenções, aos 31 e 32 minutos. Primeiro numa cabeçada à queima-roupa e em seguida num chute forte de fora da área. O Brasil respondeu com Roque Júnior, numa cabeçada que tirou tinta da trave, e Ricardinho, no final do jogo, num forte chute rasteiro.
Segundo tempo
Se o Brasil ficou devendo um bom futebol no primeiro tempo, no segundo não foi diferente. Já com quatro minutos de jogo, os bolivianos empataram com Castilho, aproveitando um cochilo da zaga brasileira, e pressionavam a todo momento a seleção.
Aos 13 minutos, Parreira lança Alex e Gustavo Nery, nos lugares, respectivamente, de Renato e Gilberto. A mudança deu novo gás para o Brasil, principalmente com Alex, que fez boas jogadas, mas as jogadas eram seguidamente desperdiçadas.
A última grande chance do segundo tempo foi com Adriano, aos 29 minutos, que, cara-a-cara com o goleiro, chutou por cima do gol. A última partida das eliminatórias acontece nessa quarta-feira, em Belém do Pará, contra a Venezuela.
