O candidato do PFL à presidência da Câmara, deputado José Thomaz Nonô (AL), conclamou há pouco, em discurso da tribuna, os deputados a resgatarem a imagem da Casa. Ele responsabilizou o Executivo pela crise e disse que o desgaste tanto do Palácio do Planalto quanto da Câmara será ruim para todos. "Vamos todos ser trucidados em 2006", afirmou.
Nonô centrou seu discurso mais em problemas da Casa, mas não deixou de identificar o seu principal adversário Aldo Rebelo (PC do B-SP) como candidato do governo. "Vocês vão querer uma presidência chapa branca?", questionou, para ele próprio responder: "Não é bom para nós, para a coluna do meio nem para o governo. Não é bom para ninguém".
O deputado defendeu, também, o direito de defesa "ampla, geral e irrestrita" dos deputados acusados de envolvimento em suposto esquema de corrupção, disse que dará o tratamento mais isento possível a essa questão, sem que isso signifique compactuar, e foi aplaudido quando disse que é preciso resolver logo os processos contra esses deputados. Nonô defendeu, ainda, a necessidade de se encontrarem caminhos para a crise e retomar as votações.
Ele criticou as medidas provisórias do governo que monopolizam as votações. "Temos de votar os temas de interesse do governo, sim, mas temos de votar os temas de interesse da sociedade, que nem sempre são os mesmos do governo", afirmou. "A Casa tem de voltar a andar e não ficar nessa situação psicopática política", disse.O discurso de Nonô foi muito aplaudido.
