Rio de Janeiro – Na Bolívia desde 1996, a Petrobras é responsável por investimentos de cerca de US$ 1 bilhão naquele país, de um total de US$ 1,5 bilhão investidos por todas as empresas petrolíferas parceiras que atuam ali.
Antes da assinatura do ?Decreto Supremo? de nacionalização pelo presidente Evo Morales, em 1o de maio deste ano, a Petrobras Bolívia respondia por 24% da arrecadação de impostos, 18% da economia (Produto Interno Bruto ? PIB) e 20% dos investimentos diretos (que criam empregos) naquele país.
Em 1o de maio deste ano, a Petrobras operacionalizava na Bolívia 75% das exportações de gás para o Brasil, 46% das reservas de gás natural, 95% da capacidade de refino e por 23% da distribuição de derivados. Também produzia toda a gasolina e 60% do óleo diesel consumidos naquele país.
Entre 1994 e 2005, a Petrobras foi responsável por, aproximadamente, 20% dos investimentos diretos na Bolívia. Um dos passos importantes para reconhecimento internacional da Petrobras foi a construção, entre 1997 e 2000, do gasoduto Bolívia-Brasil, a partir da Carta de Intenção de Integração Energética Bolívia-Brasil, assinada em 1991.
Com isso, estabeleceu-se um fluxo de integração da produção boliviana de gás natural, operada pela Petrobras em território boliviano, com a disponibilidade do produto para o mercado consumidor do Brasil.
Ao mesmo tempo, a Petrobras iniciava as ações de Exploração e Produção nas montanhas bolivianas. A partir dessas iniciativas, a companhia passou a operar em toda a cadeia produtiva e comercial do gás: produção, compra e venda. As duras negociações que vêm sendo mantidas com o governo e a estatal boliviano do petróleo (YPFB) envolvem negócios e interesses que iam, ou vão, desde as atividades de exploração, produção e comercialização de gás natural, até o sistema de transporte por Dutos; unidades de processamento de Gás Natural; Refino; unidade de Lubrificantes; e Distribuição de derivados.
A Petrobras informou nesta sexta-feira, a conclusão de negociações que ?permitem a permanência da companhia na Bolívia, nos negócios de exploração e produção de gás dos campos de San Alberto e San Antonio, em Tarija. Depois de longa negociação, o contrato regulamenta as novas condições de exploração e produção de gás nos campos referidos.
A questão do preço do gás e das refinarias bolivianas de propriedades da Petrobras, no entanto, não foi tratada no acordo e continua pendente.