Após cinco dias de buscas num dos ambientes mais hostis do planeta, as equipes de resgate só conseguiram retirar da floresta 38 das 155 vítimas do acidente com o Boeing 737-800 da Gol. A chuva que castiga a região há semanas deu uma trégua nesta quarta-feira (4) mas os trabalhos esbarraram em outras dificuldades – a principal delas, a precariedade dos sistemas de comunicação disponíveis pela Aeronáutica na região.
A demora no resgate das vítimas levou ao local o médico Marco Antônio da Silva Guimarães, de 43 anos, que perdeu dois familiares no acidente: a sobrinha Rose Campos Magalhães, que viajava de Manaus para Brasília com o filho Pedro, de três anos. Em nome da comissão de familiares, ele foi inspecionar os procedimentos de resgate e identificação dos corpos.
Guimarães elogiou o empenho dos militares que atuam de forma heróica nas buscas na mata e o trabalho dos peritos na identificação dos corpos. Mas ficou chocado com a precariedade técnica da operação, em que faltam equipamentos até de comunicação.