O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira (15) em Beirute que uma participação do Brasil na força de paz em formação para o Líbano "não está sendo considerada agora". Amorim trouxe 9 toneladas de ajuda humanitária para o Líbano, das quais 2,7 t em medicamentos doados pelo governo e o restante mantimentos arrecadados pela comunidade de origem libanesa no Brasil.
O chanceler brasileiro foi recebido pelo seu colega libanês, Fawzi Salloukh. De origem xiita e um dos três ministros do Hezbollah no gabinete libanês, Salloukh fez questão de mostrar a destruição causada pelos bombardeios israelense no bairro de Haret Hreik, no sul de Beirute, onde o partido e milícia tinha o seu quartel-general.
O chanceler se reuniu separadamente com o presidente do Parlamento, o xiita Nabih Berri, com o primeiro-ministro, o sunita Fuad Siniora, e com o presidente da República, o cristão Émile Lahoud. Ouviu deles que o Líbano está agradecido com o apoio – tanto político quanto humanitário – dado pelo Brasil, e que eles têm consciência de que a trégua em vigor desde ontem é frágil, podendo ser rompida por alguma provocação, ainda que involuntária.